terça-feira, 18 de dezembro de 2018

RELATÓRIO ANUAL DE PROCEDIMENTOS JUDICIAIS E EXTRAJUDICIAIS VINCULADOS À 5ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CRICIÚMA


Atualmente encontram-se em tramitação na 5ª Promotoria de Justiça de Criciúma, com atribuição na Cidadania, Direitos Humanos e Terceiro Setor, 89 (oitenta e nove) procedimentos em andamento, entre eles 28 (vinte e oito) Inquéritos Civis Públicos, 44 (quarenta e quatro) Procedimentos Administrativos e 17 (dezessete) Notícias de Fato, compreendendo os seguintes assuntos:
ASSUNTO

QUANTIDADE
Ordem Urbanística
4
Pessoa Idosa
18
Pessoas com Deficiência
10
Saúde
19
Acessibilidade
12
Fiscalização em Instituição de Longa Permanência para Idosos
4
Fiscalização de Fundações Privadas
15
Fiscalização de Política Pública
2
Fiscalização de TAC
5
TOTAL
89

Além do mencionado, neste ano foram firmados 5 (cinco) Termos de Compromisso de Ajustamento de Condutas com Instituições de Longa Permanência para Idosos de Criciúma, objetivando a regularização de suas atividades, bem como 1 (um) TAC com um Município da Comarca, tendo por finalidade a adequação da acessibilidades das Unidades Básicas de Saúde.

No campo judicial, 8 (oito) Ações Civis Públicas estão em andamento, sendo 5 (cinco) ajuizadas recentemente. Também se encontram em tramitação 1534 (mil quinhentos e trinta e quatro) processos judiciais, conforme tabela abaixo:
ASSUNTO
QUANTIDADE
Registro Público
116
Saúde/Medicamentos/Cirurgia/Tratamento Médico-Hospitalar
162
Fazenda Pública
457
Previdenciário
770
Fundações Privadas
1
Inquéritos Policiais/Termo Circunstanciados/Ações Penais
28
TOTAL
1534






segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

MP PROPÕE ACP PARA GARANTIR ACESSIBILIDADE NOS POSTOS DE SAÚDE DOS MUNICÍPIOS DE CRICIÚMA, NOVA VENEZA E SIDERÓPOLIS



O Ministério Público do Estado de Santa Catarina propôs 03 (três) ações civis públicas para garantir a acessibilidade nos Postos de Saúde dos Municípios de Criciúma, Nova Veneza e Siderópolis (ACPs nº 0902280-83.2018.8.24.0020, 0902279-98.2018.8.24.0020 e 0902158-70.2018.8.24.0020, respectivamente).

Conforme apurado por meio de checklists preenchidos pelos próprios Municípios, as instalações dos Postos de Saúde não estão adaptadas para as pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

Verificou-se que há diversas barreiras arquitetônicas que dificultam a locomoção e a acessibilidade, o que prejudica, se não impede, a inclusão do enfermo com deficiência ou com pouca mobilidade.

A ação civil pública foi proposta pela 5ª Promotoria de Justiça de Criciúma, com atribuição na Defesa dos Idosos e das Pessoas com Deficiência, e prevê multa diária, caso as adequações não sejam feitas.

Registra-se, ainda, que uma das finalidades da ação é evitar que o direito de ir e vir das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida seja limitado.

Por último, torna-se importante deixar anotado que o Ministério Público do Estado de Santa Catarina, por intermédio da 5ª Promotoria de Justiça de Criciúma, antes do ajuizamento das ACPs, buscou, sem sucesso, a assinatura de Termo de Compromisso de Ajustamento de Condutas com os Município de Criciúma, Nova Veneza e Siderópolis, para que os gestores municipais fizessem as intervenções necessárias.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

MINISTÉRIO PÚBLICO DE SANTA CATARINA: PROATIVO, EFETIVO E MODERNO


Nesta sexta-feira, Dia Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral de Justiça, Sandro José Neis, destaca a atuação dessa Instituição que tem a missão de defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis.

14 de dezembro é dia do Ministério Público. Em 2018, esta celebração é ainda mais especial decorrente do 30º aniversário da atual Constituição Federal, que possibilitou ao MP sua refundação, atribuindo-lhe o papel de agente transformador. Afinal, foi a partir de 1988 que o Ministério Público recebeu novas responsabilidades e segue avançando, com passos firmes, na missão de defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis e, desta forma, atuando pelo fortalecimento da democracia.

Entre os Ministérios Públicos mais atuantes do País, está o catarinense. Destaca-se sua atuação preventiva, voltada ao fomento de modernas iniciativas, buscando e promovendo amplo diálogo entre os Poderes e órgãos do Estado. Fruto recente dessa atuação é o Portalda Transparência nas Filas de Espera do SUS, impulsionado pela Lei estadual 17.066/17, na qual quase 1,5 milhão de pesquisas já foram realizadas.

Na área da educação, a tecnologia nos permite hoje identificar e mapear todos os casos de evasão escolar no Estado. Fruto da informatização do Sistema APOIA, podemos informar que a parceria entre MPSC, Conselhos Tutelares e Escolas, somente em 2018, resultou no retorno de mais de 17 mil alunos aos bancos escolares.

Na defesa do consumidor, resultado do Programa Alimento Sem Risco, de 2010 a 2018 houve uma redução dos resíduos de agrotóxicos nos vegetais inspecionados de 34,4% para 18,1%. A partir do esforço dos Promotores de Justiça de todo o Estado na defesa do meio ambiente, mais de 215 Municípios aprovaram seu Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, número que, em 2016, era de apenas 92.

Nesse norte, leal ao princípio da Transparência, o MPSC está em amplo trabalho de monitoramento e acompanhamento dos indicadores sociais de SC. Além de ocupar a primeira posição nacional do ranking "Transparentômetro" do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a Instituição está, desde 2014, investindo em tecnologia voltada à análise de dados, que já contribui para que a atuação da estrutura fiscalizatória e governamental atue amparada em informações precisas.

Algumas delas apresentam cenários otimistas. Atualmente 85% dos Municípios catarinenses possuem Plano de Saneamento Básico aprovado por lei, um importante avanço nos últimos anos. No combate à sonegação fiscal, a atuação do Ministério Público e demais órgãos proporcionou, somente no ano de 2017, aumento na arrecadação do Estado na ordem de 153 milhões de reais, ampliando em 48% o resultado obtido no ano anterior. Mas há indicadores que preocupam: atualmente 3,99% da população catarinense vive em situação de extrema pobreza, sobrevivendo com menos de 85 reais mensais.

Reflexo desta postura, o reconhecimento. O Programa GesPro, voltado à otimização da gestão nas Promotorias de Justiça, vencedor do Prêmio Innovare em 2017, conquistou, em 2018, o primeiro lugar do Prêmio CNMP. Outra inovação do MPSC, o Grupo Especial Anticorrupção foi premiado pelo CNMP como uma das três melhores iniciativas do Ministério Público Brasileiro na categoria "Redução da Corrupção".

Meios tecnológicos auxiliam na investigação, na apuração de dados e na gestão administrativa, resultando em maior resolutividade nos enfrentamentos dos problemas sociais. É para isso que o MPSC prossegue, intensamente, aliando recursos de ponta à capacitação de seu pessoal, focado num objetivo maior: contribuir para a construção de um Estado eficiente, amparado na confiança da sociedade. Para tanto, a proatividade e o planejamento devem contemplar investimentos em tecnologia.

Sandro José Neis
Procurador-Geral de Justiça

Fonte: Site do MPSC

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

TJSC ACOLHE RECURSO DO MPSC E DETERMINA QUE O MUNICÍPIO DE SIDERÓPOLIS PROMOVA A RESTAURAÇÃO DOS BENS TOMBADOS “RECREIO DO TRABALHADOR” e “ESCRITÓRIO DA CSN”


O Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em decisão proferida no dia 20 de Novembro de 2018, reformou a decisão da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Criciúma, nos autos da Ação Civil Pública nº 0900762-92.2017.8.24.0020, ajuizada pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina, por intermédio da 9ª Promotoria de Justiça de Criciúma, com atuação na Defesa do Meio Ambiente, em face do Município de Siderópolis.

Em sua decisão o Desembargador Ricardo Roesler determimou ao município o dever de restauração do imóvel correspondente ao "Recreio dos Trabalhadores", além de cuidados para preservação do "Escritório da CSN", tendo em vista seu valor cultural para a região, quiçá para o Estado e União”.

Frisou ainda o Desembargador Relator que: “Considerando as condições dos imóveis, e também ciente de que processo dessa magnitude revela-se complexo, por entraves burocráticos e outra série de medidas que o torne executável, fixo o prazo de cento e vinte dias para apresentação dos projetos correspondentes e início das obras, que devem obedecer a cronograma previamente estabelecido. Quanto aos deveres de preservação, a execução é imediata”.

Fonte: TJSC

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

MPSC AJUÍZA ACP CONTRA O MUNICÍPIO DE CRICIÚMA PARA GARANTIR ACESSIBILIDADE ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU COM MOBILIDADE REDUZIDA NO TERMINAL CENTRAL DE CRICIÚMA


O Ministério Público do Estado de Santa Catarina, por intermédio da 5ª Promotoria de Justiça, com atribuição na Cidadania, Direitos Humanos e Terceiro Setor, ingressou com a Ação Civil Pública nº 0902138-79.2018.8.24.0020 contra o Município de Criciúma objetivando garantir a promoção de acessibilidade às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, no Terminal de Passageiros Central, localizado na Avenida Centenário, s/nº, Centro, neste Município.

Antes de ingressar judicialmente, 3 (três) reuniões foram realizadas com o propósito de "alertar" o Município de Criciúma acerca da relevância da promoção da acessibilidade no referido Terminal, todas infrutíferas.


Por esse motivo, considerando que a legislação estabelece normas e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, condicionando a aprovação de projeto arquitetônico ou urbanístico, a concessão de alvará de funcionamento ou sua renovação e a concessão do "habite-se" à observância dessas normas; considerando cabe ao poder público necessariamente observá-las nas construções novas e promover a destinação de recursos para a reforma das edificações antigas, de modo a adequá-las à legislação vigente; e considerando que Município de Criciúma não adotou como prática a certificação das condições de acessibilidade do Terminal de Passageiros Central, o Ministério Público do Estado de Santa Catarina ingressou com Ação Civil Pública exatamente com esse objetivo, qual seja, compelir o Município de Criciúma a adequar as condições de acessibilidade do Terminal Central.



Enfim, se é possível um indivíduo sem limitações físicas se deslocar facilmente no Terminal Central de Criciúma, por que não assegurar esse mesmo direito a um cidadão deficiente ou com mobilidade reduzida?


terça-feira, 13 de novembro de 2018

APÓS INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO, CRICIÚMA GANHA ESPAÇO CULTURAL


MPSC e MPF foram à Justiça para garantir a restauração do prédio construído em 1945 a fim de abrigar órgão federal e cedido ao Município de Criciúma em 1996 para instalação do Centro Cultural Jorge Zanatta, mas estava estado de completo abandono.

Cumprindo decisão judicial em ação ajuizada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), o prédio histórico que abrigava o Centro Cultural Jorge Zanatta e, antes, a agência do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), em Criciúma, foi restaurado pela União e pelo Município.

Com a decisão judicial, as obras começaram no início deste ano e no dia 14 de dezembro o Centro Cultural Jorge Zanatta será entregue à comunidade criciumense inteiramente restaurado.

Veja nas fotos como como ficou o prédio e como estava antes da restauração

Na ação, a 9ª Promotoria de Justiça da Comarca de Criciúma e a Procuradoria da República de Criciúma ressaltaram a importância do prédio como registro do auge do ciclo carbonífero no Sul do Estado. Erguido em 1945 no estilo neocolonial, foi a sede do DNPM, órgão federal que se instalou em Criciúma em virtude da importância das minas de carvão, responsáveis pelo grande progresso da região logo após a 2ª Guerra Mundial.

O prédio teve instalado o primeiro aparelho de Raio-X de Santa Catarina, para atender aos mineiros que padeciam de doenças pulmonares e, com a eclosão do Golpe Militar em 1964, foi utilizado como cárcere para os presos políticos da região. Em 1991 a edificação foi tombada como Patrimônio Histórico de Criciúma e em 1996 foi cedida pela União ao Município para abrigar a Fundação Cultural de Criciúma e passou a denominar-se Centro Cultural Jorge Zanatta.

No local estavam depositados, ainda, aos chamados "testemunhos de sondagens", acervo científico com as amostras de perfuração do solo, que representam as camadas sedimentares da bacia carbonífera na prospecção das minas realizada pelo DNPM. Os testemunhos, acondicionados em caixas de madeira e numerados de acordo com a localização das perfurações de solo e não podem ter a sequência alterada, foram retirados para a reforma do prédio.

Porém, apesar do valor histórico e cultural do prédio, laudo pericial técnico feito por determinação judicial apontou que o estado da edificação antes da restauração era de precariedade, com trechos de telhados inteiros desabados, paredes umedecidas, pisos de madeira encharcados e expandidos, inundações e goteiras.

Assim, o Juízo da 4ª Vara Federal determinou que a União, como proprietária do imóvel, e o Município de Criciúma, que possui a concessão para sua utilização restaurassem o prédio e que DNPM desse acondicionamento adequado aos testemunhos de perfuração. A decisão foi cumprida e agora a comunidade de Criciúma terá um novo espaço cultural ao seu dispor. (ACP n.5006474-10.2016.4.04.7204)

Fonte: Site do MPSC

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

MPSC INSTAURA PROCEDIMENTOS PARA ASSEGURAR O PERCENTUAL MÍNIMO DE VAGAS PARA IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EM ESTACIONAMENTOS


O Ministério Público do Estado do Estado de Santa Catarina, por intermédio da 5ª Promotoria de Justiça de Criciúma, com atuação na Defesa do Idoso e da Pessoa com Deficiência, instaurou dois procedimentos administrativos com o objetivo de verificar se o percentual mínimo de reserva de vagas aos idosos (5%) e às pessoas com deficiência (2%) nos estacionamentos externos ou internos das edificações de uso público ou de uso coletivo, ou naqueles localizados nas vias públicas, no Município de Criciúma, está de acordo com a legislação vigente.

Também se objetiva com esses procedimentos assegurar, no mínimo, uma vaga, em locais próximos à entrada principal ou ao elevador, de fácil acesso à circulação de pedestres, com especificações técnicas de desenho e traçado conforme o estabelecido nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

EM ATENDIMENTO A REQUERIMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, JUDICIÁRIO DETERMINA QUE INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS DE CRICIÚMA SE ABSTENHA DE DESENVOLVER ATIVIDADES


Como resultado das inspeções realizadas nas Instituições de Longa Permanência para Idosos de Criciúma, a 5ª Promotoria de Justiça de Criciúma, com atribuição nos Direitos Humanos, Cidadania e Terceiro Setor, constatou que a Instituição "Vida Nova Casa de Repouso" está funcionando em desacordo com os termos do acordo pactuado judicialmente.

Isso porque, conforme acordo homologado nos autos da Ação Civil Pública nº 0900437-88.2015.8.24.0020, a proprietária da referida Instituição somente poderia atender idosos em Instituições de Longa Permanência desde que fosse a Instituição: 1)devida e rigorosamente aprovada pelo Conselho Municipal de Direitos do Idoso, mediante atestado ou certidão, ou documento equivalente”; 2)ampla e devidamente vistoriada (em estabelecimento regular) pela Vigilância Sanitária do Município”; e 3) uma vez de posse de toda a documentação retro, deverá obter a indispensável autorização de funcionamento por parte do controle do Ministério Público, em parecer subscrito pelo Dr. Promotor de Justiça”.

No entanto, diante da inspeção e análise dos relatórios encaminhados pela equipe multi-institucional, composta pela Vigilância Sanitária Municipal, Corpo de Bombeiros Militar, Conselho Municipal do Idoso, Secretarias de Saúde e de Assistência Social de Criciúma e Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (COREN/SC), verificou-se que a proprietária da Instituição não cumpriu com as cláusulas mencionadas do citado acordo judicial, razão pela qual o Ministério Público do Estado de Santa Catarina, por intermédio da 5ª Promotoria de Justiça de Criciúma, ingressou com o pedido de Cumprimento da Sentença nos autos da Ação Civil Pública nº 0900437-88.2015.8.24.0020.

Atendendo o requerimento do Ministério Público do Estado de Santa Catarina, em 1º de Outubro deste ano corrente, dia internacional do Idoso, o Juízo da 2ª Vara da Fazenda da Comarca de Criciúma determinou a intimação das Executadas para se absterem de desenvolver atividades relacionadas a idosos em Instituição de Longa Permanência ou similar, ou comprovar a regularidade da instituição “Vida Nova Casa de Repouso”, nos termos da sentença dos autos principais, no prazo de 30 (trinta) dias”.

Abaixo o inteiro teor da decisão:




segunda-feira, 13 de agosto de 2018

MPSC REALIZA INSPEÇÕES NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS DE CRICIÚMA



A 5ª Promotoria de Justiça de Criciúma, com atribuição nos Direitos Humanos, Cidadania e Terceiro Setor, em conjunto com uma equipe multi-institucional, composta pela Vigilância Sanitária Municipal, Corpo de Bombeiros Militar, Conselho Municipal do Idoso, Secretarias de Saúde e de Assistência Social de Criciúma e Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (COREN/SC), realizou no primeiro semestre deste ano inspeções em todas as Instituições de Longa Permanência para Idosos na cidade de Criciúma, objetivando verificar a regularidade de atendimento em cada entidade.

As instituições vistoriadas foram o Lar de Auxílio aos Idosos Feistauer, Casa de Repouso Cantinho do Idoso, Associação Lar da Terceira Idade Rede Viva, Casa de Repouso Bom Jesus, Sônia Regina Crispim Ltda., Vó Dica Residencial para Terceira Idade, Conferência São José da Sociedade São Vicente de Paulo e Vida Nova Casa de Repouso.

Diante das constatações de cada órgão fiscalizador, encaminhadas por intermédio de relatórios pormenorizadas ao Ministério Público do Estado de Santa Catarina, a 5ª Promotoria de Justiça de Criciúma instaurou Inquéritos Civis Públicos para cada instituição com o propósito de dar cumprimento as normas sanitárias e de proteção à população idosa abrigada nessas Instituições.

Ressalta-se que essa ação é resultado do Programa “Acompanhamento das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) em Santa Catarina”, desenvolvido pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina.

PARA CONHECER UM POUCO DO PROGRAMA CLIQUE AQUI


sexta-feira, 10 de agosto de 2018

POSTO DE SAÚDE DE TREVISO SERÁ REFORMADO PARA GARANTIR ACESSIBILIDADE

Município assinou acordo com o MPSC e tem 180 dias para concluir as adaptações.

O Município de Treviso firmou termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público de Santa Catarina e se comprometeu a, em 180 dias, sanar irregularidades existentes na estrutura da Unidade Básica de Saúde do Centro de Treviso que impedem a acessibilidade total ao prédio.

O acordo foi proposto pela 5ª Promotoria de Justiça da Comarca de Criciúma - na qual se insere o Município de Treviso. De acordo com o Promotor de Justiça Luiz Fernando Góes Ulysséa, as principais adequações se referem ao acesso á área administrativa, no primeiro andar, que só é possível por meio de escada, e à sinalização.

Ao assinar o acordo, o Município também se comprometeu a não mais construir qualquer estabelecimento de saúde que não integralmente as normas de acessibilidade. Caso não cumpra qualquer das cláusulas do acordo, Treviso fica sujeita à multa diária de R$ 100,00.

O Promotor de Justiça destaca que a assinatura do termo de ajustamento de conduta com o Município de Treviso é resultado do Programa Acessibilidade Total, desenvolvido pelo Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Cidadania do MPSC, que tem como objetivo assegurar os direitos à acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida aos Postos e Unidades Básicas de Saúde de Santa Catarina.



PROGRAMA ACESSIBILIDADE TOTAL

O Promotor de Justiça Luiz Fernando Góes Ulysséa destaca, ainda, que a assinatura do termo de ajustamento de conduta com o Município de Treviso é resultado do Programa Acessibilidade Total, desenvolvido pelo Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Cidadania do MPSC, que tem como objetivo assegurar os direitos à acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida aos Postos e Unidades Básicas de Saúde de Santa Catarina.


Fonte: Site do MPSC

quinta-feira, 21 de junho de 2018

“IMÓVEL LOCALIZADO NA RUA ENGENHEIRO FIUZA DA ROCHA” - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MANTÉM INTERRUPÇÃO DAS OBRAS DE CONSTRUÇÃO DO OBJETO DO ALVARÁ DE LICENÇA Nº 35660, BEM COMO COMERCIALIZAÇÃO DAS RESPECTIVAS UNIDADES

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em decisão proferida no dia 18 de Junho de 2018, manteve a decisão da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Criciúma, nos autos da Ação Civil Pública nº 0900522-06.2017.8.24.0020), ajuizada pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina, por intermédio da 9ª Promotoria de Justiça de Criciúma, com atuação na Defesa do Meio Ambiente, em face de "Villa Farnese Incorporações Ltda." e do Município de Criciúma, a qual estabelecia que:


I) a ré Villa Farnese Incorporações Ltda, de imediato, interrompa as obras de construção do objeto do Alvará de Licença nº 35660, bem como a comercialização das respectivas unidades habitacionais;
II) a ré Villa Farnese Incorporações Ltda, caso tenha interesse em construir uma nova edificação no imóvel localizado na Rua Engenheiro Fiúza da Rocha, anotado no Alvará de Licença nº 35660, atenda o índice de aproveitamento do zoneamento ZR1-2 (no máximo dois pavimentos);
III) a ré Villa Farnese Incorporações Ltda, em prazo não superior a dez dias, instale uma placa tamanho 4 x 2 metros em frente à área objeto desta demanda, mais especificamente na Rua Engenheiro Fiúza da Rochas, anunciando o ajuizamento desta ação civil pública, bem como o número e o objeto desta ação;
IV) o réu Município de Criciúma, caso conceda licença/autorização para construir nova edificação no indigitado imóvel, observe o índice de aproveitamento do zoneamento ZR1-2 (no máximo dois pavimentos);
V) seja averbada a existência da presente ação na matrícula nº 114.892 do 1º Ofício de Registro de Imóveis de Criciúma.

Em sua decisão o Desembargador Júlio César Knoll destacou que: “Embora afirme a agravante que a Rua Timóteo Batista confronta o terreno objeto da presente demanda, é difícil, em uma análise superficial dos autos, própria desta fase processual, inferir com certeza a alegação. A uma, porque diversas provas juntadas pelo Ministério Público de Santa Catarina em sua inicial também demonstram que a citada rua não alcança de fato a área do imóvel. A duas, porque uma das provas utilizadas pela recorrente é uma declaração elaborada pelo Município de Criciúma, que também é réu da ação civil pública em questão”.

Frisou ainda o Desembargador Relator que “mesmo sendo verificado que a rua atinge o imóvel onde se pretende construir o empreendimento e seja, consequentemente, possível utilizar a zona ZR3-8 como parâmetro para construção, há outras circunstâncias estranhas e ainda não explicadas, como, por exemplo, o fato do imóvel possuir 11 pavimentos e não 10, desse modo, em desconformidade com o permitido para a área em que se encontra”.

Abaixo a íntegra da decisão: 

Agravo de Instrumento n. 4002427-29.2018.8.24.0000 
Agravante: Villa Farnese Incorporações Ltda.
Advogado: Rafael da Silva Trombim (OAB: 17649/SC)
Agravado: Ministério Público do Estado de Santa Catarina
Promotor: Luiz Fernando Góes Ulysséa (Promotor)
Interessado: Município de Criciúma Advogado: Juliano Benvenuto Guidi (OAB: 36242/SC) Relator: Desembargador Júlio César Knoll




DECISÃO MONOCRÁTICA



Villa Farnese Incorporações LTDA interpôs agravo de instrumento em face da decisão interlocutória que, nos autos da ação civil pública n. 0900522-06.2017.8.24.0020, proposta pelo Ministério Público de Santa Catarina em desfavor do ora agravante e do Município de Criciúma, determinou a) a interrupção das obras de construção do empreendimento "Edifício Residencial Monte Cristallo", bem como a comercialização das respectivas unidades habitacionais; b) que a empresa atenda ao índice de aproveitamento do zoneamento ZR1-2 (máximo dois pavimentos) caso tenha interesse em construir nova edificação no imóvel em questão; c) instale uma placa em frente ao imóvel anunciando o ajuizamento desta ação civil pública; d) que o Município de Criciúma, ao conceder licença/autorização para nova edificação, observe o índice de aproveitamento do zoneamento ZR1-2; e) seja averbada a existência da presente ação na matrícula n. 114.892.

Em suas razões recursais, sustentou, em apertada síntese, que é incontroverso o fato de que o imóvel da agravante confronta com a Rua Timóteo Batista, rua esta que delimita a zona ZR3-8 para índice construtivo, sendo assim,a aprovação da construção é absolutamente regular. Ademais, ressaltou que a questão da rua encontrar-se intransitável temporariamente não afasta o direito líquido e certo da recorrente.

Outrossim, defendeu que o argumento lançado pelo magistrado de primeiro grau acerca da declividade do terreno não possui nenhum fundamento,causa de pedir e muito menos está atrelado aos pedidos formulados na inicial. Porém, afirmou que a supressão de vegetação foi autorizada por todos órgãos ambientais competentes, não havendo nada de irregular, pois não se trata de área de preservação permanente e cumpriu com todas as providências exigidas pela autoridade ambiental. No que diz respeito à declividade do terreno, informou que este não está situado em área de preservação permanente, área de preservação ambiental ou é caracterizado como gleba.

Ainda, aduziu que deve ser resguardada a segurança jurídica,tendo em vista que a agravante está amparada por alvarás e licenças para a devida realização da obra e que a manutenção da decisão lhe tratá danos irreparáveis não só de ordem financeira, mas também comercial e moral.
No mais, ressaltou a ausência do periculum in mora e do fumus boni juris em favor do autor.

Diante disso, requereu a concessão do efeito suspensivo para quesejam interrompidos os efeitos da decisão em questão e, ao final, o provimento do recurso.

Os autos, então, vieram-me conclusos.

É o breve relatório.

A insurgência voluntária mostrou-se tempestiva e preencheu os demais pressupostos de admissibilidade insculpidos nos arts. 1.016 e 1.017, do Código de Processo Civil, motivo pelo qual defiro o seu processamento.

À concessão do efeito suspensivo, tal qual ora almejado, afigura-se imprescindível a conjugação dos requisitos da probabilidade do direito invocado e a existência de risco de dano grave, tudo no espeque dos arts. 300,caput, 995,parágrafo único, e 1.019, inciso I, do Código de Processo Civil.

O pleito, todavia, não comporta a satisfação dos requisitos elencados ao efeito suspensivo, mais precisamente a probabilidade jurídica da pretensão, ao menos neste momento processual, orientado consoante a lógica cognitiva da sumariedade.

Embora afirme a agravante que a Rua Timóteo Batista confronta o terreno objeto da presente demanda, é difícil, em uma análise superficial dos autos, própria desta fase processual, inferir com certeza a alegação. A uma, porque diversas provas juntadas pelo Ministério Público de Santa Catarina em sua inicial também demonstram que a citada rua não alcança de fato a área do imóvel. A duas, porque uma das provas utilizadas pela recorrente é uma declaração elaborada pelo Município de Criciúma, que também é réu da ação civil pública em questão.

Ademais, frisa-se que mesmo sendo verificado que a rua atinge o imóvel onde se pretende construir o empreendimento e seja, consequentemente, possível utilizar a zona ZR3-8 como parâmetro para construção, há outras circunstâncias estranhas e ainda não explicadas, como, por exemplo, o fato do imóvel possuir 11 pavimentos e não 10, desse modo, em desconformidade com o permitido para a área em que se encontra.

É crucial, em vista do exposto, aguardar a dilação probatória, sobretudo a realização de perícia técnica, para que seja possível apreciar com maior cautela e segurança a medida em questão.

Não se ignora que se trata de empreendimento de grande magnitude e que a suspensão da obra pode trazer prejuízos à empresa, porém,mostra-se mais prudente, pelo menos neste momento, manter a decisão proferida pelo Juízo de primeiro grau, pois, caso sejam constatadas irregularidades na concessão de alvará e licença ambiental, os riscos seriam ainda maiores, tendo em vista que mais pessoas poderiam ter adquirido os imóveis e que a empresa, além de arcar com os custos da construção do edifício, precisaria responsabilizar-se pela demolição de toda obra, sem contar os danos ambientais suportados por toda a sociedade.

Nesta perspectiva, não foi possível constatar o preenchimento das exigências inclusas nos arts. 300,caput, e 995, parágrafo único, ambos do Código de Processo Civil.

Ante o exposto, indefiro o pedido de concessão do efeito suspensivo ativo.

Cumpra-se o disposto no art. 1.019, inciso II e III, do CPC.

Intime-se.

Florianópolis, 18 de junho de 2018.


Desembargador Júlio César Knoll
Relator



quarta-feira, 30 de maio de 2018

MPSC OBTÉM LIMINAR QUE DETERMINA A GARANTIA DO DIREITO DE IR E VIR EM TODAS AS VIAS PÚBLICAS, SOB PENA DE MULTA

A ação, proposta pelas Promotorias de Justiça do Consumidor, da Saúde e da Cidadania da Capital, visa garantir que produtos essenciais cheguem à população.

A pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o juiz Fernando de Castro Faria, da 2ª Vara da Fazenda Pública, concedeu na manhã desta quarta-feira (30/5) liminar que determina que a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCAM), a Confederação Nacional dos Transportes Autônomos, a União Nacional dos Caminhoneiros (UNICAM) e os demais integrantes de movimentos não identificados e pessoas não identificadas não impeçam nem dificultem a locomoção de pessoas e veículos em qualquer via pública do território catarinense, sob pena de multa diária.

Quanto à força policial, o juiz autoriza a sua utilização como último recurso, somente após duas horas de negociações com os manifestantes, caso estes impeçam, em um primeiro momento, o cumprimento da medida. Em caso de descumprimento da liminar, o juiz determinou às entidades multa de R$ 100 mil e de R$ 5 mil às pessoas físicas que atuem em desacordo com a decisão, sem prejuízo de apuração de eventual crime de desobediência.

A decisão do juiz se baseou na ação civil pública ajuizada pelo MPSC na noite de terça-feira, na qual este expõe a grave situação em que se encontra o Estado de Santa Catarina, com inúmeros pontos de bloqueio em rodovias federais, estaduais e municipais, suspensão de cirurgias eletivas por hospitais públicos, atendimentos ambulatoriais prejudicados, assim como problemas na distribuição de medicamentos, supermercados com estoques afetados, suspensão das aulas em escolas, serviços judiciais/penitenciários que não podem ser prestados a contento, inclusive com risco de total desabastecimento de insumos mínimos em unidades prisionais, entre outros pontos.

Fonte: Site do MPSC

sexta-feira, 25 de maio de 2018

MPSC alerta: aumento abusivo do preço é crime


Em nota técnica, Ministério Público também requer prioridade para o abastecimento dos veículos destinados à manutenção dos serviços essenciais, como nas áreas de saúde, segurança pública e transporte.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) divulgou nota técnica produzida pelo seu Centro de Apoio Operacional do Consumidor (CCO) alertando os fornecedores, em especial postos de combustíveis, que a elevação injustificada do preço dos produtos configura prática abusiva e crime contra o consumidor e a economia popular. O documento também orienta a dar prioridade para o abastecimento de veículos de serviços essenciais e requer a intensificação da fiscalização pelos Procons em todo o Estado.
A nota técnica foi produzida diante de notícias veiculadas na imprensa e de reclamações recebidas de consumidores indicando que fornecedores, especialmente postos revendedores de combustíveis, aproveitando-se da greve dos caminhoneiros, elevaram os preços de seus produtos a patamares exorbitantes.
O documento, assinado pela coordenadora do CCO, Promotora de Justiça Greicia Malheiros da Rosa Souza, alerta que a elevação de preços injustificada é uma prática abusiva considerada infração prevista no Código de Defesa do Consumidor, punível desde a esfera administrativa - com aplicação de multa e até mesmo de interdição do estabelecimento - até a criminal, uma vez que configura crime contra o consumidor e a economia popular.
Na nota técnica, o Ministério Público orienta fornecedores que não realizem aumento arbitrário, não fundamentados no custo de aquisição dos produtos, ou, se já o fizeram, que retornem aos valores anteriores. Também orienta que os postos de combustíveis deem prioridade ao abastecimento de veículos destinados à manutenção de serviços públicos essenciais, especialmente nas áreas de saúde, transporte e segurança pública.
O Ministério Público requer, ainda, que os Procons estadual e municipais realizem levantamento e atos fiscalizatórios no sentido de inibir a prática abusiva e que, sem prejuízo de medida administrativa, comunique ao MPSC as constatações de violações que importem aumento arbitrário de preço, para as medidas judiciais cabíveis, na esfera cível e penal. 
Fonte: MPSC